Nos preparamos e três missionários foram, com a graça de Deus, tentar fazer o resgate. Chegando na casa da mulher percebemos imediatamente como seria difícil o trabalho, pois era um lugar muito carente.
“Maria” morava em um quartinho com cinco filhos, dos quais um tinha apenas oito meses de vida. Foi muito difícil evangelizá-la, pois, além da pobreza, havia o bebê de oito meses. Com muita dificuldade conseguimos convencê-la a assistir o filme “A Dura realidade”. Esse filme mostra a verdade de um aborto provocado e normalmente usamos para realizar os resgates.
Na metade do filme ela mandou que desligássemos, pois não queria mais ver. Insisti com ela e consegui que assistisse todo o filme. Ao término, ela estava em prantos e em profundo desespero. Desabafou conosco suas dores e disse que não tinha condição de ter mais um filho. Insistimos com ela, oferecendo ajuda e também uma vaga no abrigo da Comunidade para o outro menino, de oito meses (que também havia sido resgatado por uma outra pessoa da paróquia), e que, ao nascer o bebê, ele poderia também ficar no abrigo para que ela pudesse trabalhar.
Ela aceitou nossa ajuda, mas disse que não ficaria com a criança quando nascesse, pois era mãe solteira e não tinha condições de ficar com ele. Acolhemos sua decisão e ficamos de ajudar também nesse sentido, orientando-a a buscar a Vara da Criança por meio de uma assistente social.
Com a graça de Deus, o menino nasceu bem. Acompanhamos ela até a maternidade e apoiamos até a hora de nascer.
Por fim, nessa semana recebemos na Casa da Comunidade o recém nascido resgatado. Ele é lindo! E para a glória do nome de Jesus, a “Maria” desistiu de entregá-lo para adoção.
Paz e vida!
Nota: A Comunidade utiliza o nome fictício "Maria" para cumprir a promessa de que a identidade das pessoas não seria revelada nos testemunhos.